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Palestra Latinoware 2020: como as redes sociais estão nos doutrinando

Você já parou pra pensar como as redes sociais tem mudado seus relacionamentos? Quando digo relacionamentos me refiro a todos: afetivos, profissionais e familiares. Se você parar alguns minutos para refletir sobre essa pergunta e retroceder alguns anos, mais precisamente uns 8 anos atrás, data em que Facebook e Instagram começaram a se popularizar por aqui você vai perceber como suas relações e seu comportamento nos seus círculos sociais mudaram.


Passamos praticamente o dia todo em basicamente 3 redes sociais: Facebook, Instagram e Whatsapp, que por conveniência (e estratégia) pertencem a mesma pessoa: Mark Zuckerberg! Já lhe ocorreu que uma mesma empresa registra informações sobre seu comportamento online por quase 24h? Somadas as permissões que cada uma dessas redes obtém no seu celular, o Facebook sabe quase absolutamente tudo sobre você: desde as notícias você gosta de ler até a hora que você costuma acordar (e checa as suas mensagens no whatsapp) e a hora que você vai dormir (e dá uma última olhada no feed do seu Instagram). A mineração e análise dessa montanha de dados gerados pela sua interação frenética nas redes, desde a troca de mensagens, áudios, posts de fotos, vídeos, mensagens favoritas, likes, comentários e pesquisas associadas ao seu perfil produz algo tão poderoso como o que a Cambridge Analytica usou em 2018 para direcionar ações de cunho político nos EUA.


E por falar em política, 2020 ano de eleições… você provavelmente deve ter pesquisado sobre seu candidato para as eleições desse ano no Google certo? E ao entrar no Instagram, lá estava um post dele patrocinado bem no meio do seu feed. Coincidência? Claro que não! O Facebook consegue monitorar, além de suas interações dentro da rede social, sua navegação fora dela através de sites e aplicativos parceiros que lhe repassam o seu comportamento online em suas plataformas. Você está sendo literalmente seguido e vigiado 24h por dia sem perceber. Mas por quê? Ou melhor dizendo, para quê? É o que o documentário “O Dilema das Redes” nos mostra. Como nos tornamos doutrinados pelas redes sociais que usam artifícios psicológicos para nos manter o tempo todo dentro das redes. Nos oferecem um serviço aparentemente “gratuito”: use à vontade e jamais será cobrado. Não é pra menos. Você já está pagando por ele e a um preço muito mais alto que se você pagasse pelo serviço. Você está pagando com os seus dados e suas preferências. O documentário relembra a famosa frase do jornalista americano Andrew Lewis: “se você não está pagando pelo produto, é sinal que o produto é você.” Tudo funciona como uma isca pra nos capturar e doutrinar dentro de uma plataforma para nos tornar produtos altamente lucrativos (conhecidos como leads qualificados) oferecidos diariamente a empresas que vendem do sabonete que você usa ao carro que você dirige, disputando sua atenção 24h.


Se o tema despertou sua atenção, venha pra Latinoware 2020 conferir minha palestra “Como as redes sociais estão nos doutrinando” onde faço uma análise do polêmico e revelador documentário o “Dilema das Redes”.

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Especialista cita cuidados para evitar ter o WhatsApp clonado e como proceder caso seja vítima

Por Gabriel Rezende, 20/10/2020 às 16:49 – para Portal Itatiaia

Durante a pandemia de covid-19, os crimes cometidos na Web cresceram. Entre eles, a clonagem do WhatsApp. Conforme dados PSafe, empresa especializada em segurança digital, mais de 473 mil brasileiros foram vítimas do golpe em setembro, crescimento de 25% em relação ao mês anterior. Isso representa mais de 15 mil por dia.

A reportagem conversou com a especialista em segurança digital Gracielle Tores que deu dicas de como evitar a clonagem e como proceder caso seja vítima do golpe.

Como evitar ter o WhatsApp clonado?

As principais precauções para evitar esse tipo de golpe são: nunca compartilhar seu código de confirmação que é enviado por SMS e ativa a autenticação em duas etapas. Desta forma, ainda que o golpista tenha acesso ao seu código de confirmação, não conseguirá habilitar a conta em outro telefone pois lhe será exigido uma segunda senha de seis dígitos que foi definida por você. Não definir a autenticação em duas etapas pode dar ao golpista a oportunidade de fazê-lo ao estar de posse a sua conta, dificultando ainda mais a recuperação da sua conta.

Eu perco meu número se tenho o WhatsApp clonado? Devo trocar de número?
Não. Você não perde seu número. E também não é necessário trocá-lo. Ao recuperar o acesso à sua conta, execute os procedimentos de segurança e não repasse seus códigos a ninguém. 

Tive o WhatsApp clonado. O que devo fazer?

A primeira providência a ser feita para evitar os golpes utilizando seu nome é enviar um SMS para todos os seus contatos registrados em sua agenda informando que seu WhatsApp foi clonado, para que elas não aceitem pedidos de dinheiro em seu nome, não repassem informações sobre você como dados pessoais e documentos.

A segunda providência é tentar recuperar sua conta reinstalando o aplicativo. A ser solicitado o código de confirmação que será enviado ao seu número por SMS. Insira-o e habilite imediatamente a autenticação em duas etapas. Isso fará com que o WhatsApp seja desativado no aparelho do golpista. Mas muitas vezes esse procedimento pode não dar certo pois ao tomar controle de sua conta o golpista pode ter habilitado a autenticação em duas etapas e também alterado o endereço de e-mail de recuperação de senha, impossibilitando você de redefinir o código. Se for este o caso, aguarde sete duas para poder acessar sua conta sem o código de confirmação em duas etapas. Mesmo que você não saiba o código de confirmação em duas etapas, a pessoa que estiver usando sua conta será desconectada quando você inserir o código de seis dígitos recebido por SMS. 

Ou, ainda, você pode enviar um e-mail para o WhatsApp o quanto antes, por meio do e-mail support@whatsapp.com, solicitando a desativação da sua conta escrevendo a seguinte frase: “Perdido/Roubado: Por favor, desative minha conta”, no corpo do e-mail. Você deve incluir também o seu número de telefone em formato internacional completo. Exemplo: +55 (31) número do seu telefone. A sua conta será suspensa por até 30 dias e você terá esse prazo para reativá-la. Você pode utilizar um chip com o mesmo número de telefone para ativar o WhatsApp. Caso você não o faça nesse período, sua conta será completamente apagada.

Por precaução de que qualquer outro tipo de golpe tenha sido aplicado em seu nome durante a clonagem de seu número, recomendo o registro de um Boletim de Ocorrência na Delegacia mais próxima. 

Qual a principal forma de clonagem usada pelos criminosos?

A principal forma que os golpistas utilizam são os anúncios publicados em plataformas de anúncios, redes sociais e demais portais onde a pessoa deixa público seu número. Desta forma, ao ter acesso ao seu número e, caso você não tenha a autenticação em duas etapas ativa, o golpista já terá 50% da sua credencial, bastando apenas obter o código SMS que será enviado para seu número. Para isso, eles aplicam um segundo tipo de golpe chamado engenharia social para obter o código que foi enviado ao seu telefone. Diversos tipos de artimanhas são usadas para se passar por agentes de saúde pública, agentes bancários e até mesmo por funcionários dos próprios portais de anúncios como OLX e demais sites de Marketplace. 

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Aplicativo que altera gênero em fotos reacende alerta sobre privacidade de dados

Por Gabriel Rezende, 15/06/2020 às 15:49 – para Portal Itatiaia

Nos últimos dias, as redes sociais têm passado por uma overdose de fotos de internautas com uma caraterística peculiar: o gênero alterado. De famosos a pessoas comuns, a edição, aparentemente inocente, feita pelo aplicativo FaceApp, satisfaz a curiosidade de como você seria caso nascesse com sexo oposto. Contudo, o uso indiscriminado reascende o debate sobre a privacidade de dados.

O alerta é feito pela especialista em segurança digital Gracielle Torres. De acordo com ela, ao baixar e utilizar um aplicativo como esse, você automaticamente aceita os termos de uso e privacidade. “Seus dados pessoais podem ser coletados e utilizados conforme o que está disposto nos termos”, diz.

Entre algumas informações que o usuário pode aceitar transmitir aos aplicativos estão hábitos de navegação e de consumo e até deslocamento. Com esses dados, determinado sistema pode traçar um perfil do usuário. “Sem uma política de privacidade adequada, essas informações podem sofrer vazamentos sem qualquer ônus de responsabilidade para o desenvolvedor”, explica Gracielle.

FaceApp e apps de edição de imagens

No caso específico do FaceApp, aplicativo que já havia caído na graça dos internautas no ano passado com recurso de envelhecimento facial, os termos de uso preveem, entre outros pontos, acesso a “quanto tempo você gastou em uma página ou tela, caminhos de navegação entre páginas ou telas, informações sobre sua atividade, horários e duração de uso”. 

“Nossos provedores de serviços e alguns terceiros (por exemplo, redes de publicação on-line e seus clientes) também podem coletar este tipo de informação ao longo do tempo bem como entre sites e aplicativos móveis de terceiros […]”, cita trecho do termo de uso.

O problema está longe de ser uma exclusividade do FaceApp. A especialista recomenda atenção especial com aplicativos da categoria de edição de fotos e embelezamento. “Eles pedem acesso à sua câmera e armazenamento no dispositivo e recebem suas fotos que você as envia para serem editadas, montadas ou transformadas, como no caso do FaceApp”, explica. 

“O grande risco aqui é que as informações coletadas anteriormente podem ser associadas às suas fotos para aperfeiçoamento de sistemas de reconhecimento facial. Caso essas informações vazem e caiam nas mãos de criminosos, esse poderosíssimo banco de dados pode ser utilizado, inclusive para falsificar identidades”, alerta.

Termo de uso

Ler os termos antes de usar o aplicativo é fundamental. “O grande problema é que, como os termos são extensos, a maioria das pessoas não os lê e, além disso, muitos não se preocupam com o que pode acontecer com seus dados pessoais”, explica Gracielle. 

Uma pesquisa recente, realizada pela Symatec, aponta que 68% dos usuários entrevistados aceitam compartilhar dados particulares em troca de um aplicativo gratuito. “Isso alimenta o desenvolvimento de apps desse tipo, que ‘aparentemente’ oferecem um serviço gratuito, mas, na verdade, você o está pagando com seus dados pessoais”, diz Gracielle.

“Basta imaginar o trabalho e horas gastas no desenvolvimento de um aplicativo. O desenvolvedor precisa ser remunerado de alguma forma e geralmente o faz através de publicidade ou coleta de dados pessoais”, explica.

Permissões    

Uma dica que a especialista deixa é verificar as permissões concedidas após instalar o aplicativo, revogando acesso aos dados mais relevantes. “Muitas vezes um aplicativo simples como uma calculadora, por exemplo, pode pedir acessos desnecessários, como acesso a contatos, câmera, microfone etc. É preciso observar a coerência entre as permissões solicitadas e as funcionalidades que o app oferece”.

“É bom você rever a importância que esse app tem para você, desinstalá-lo ou pesquisar por outros semelhantes menos invasivos. Para visualizar as permissões após a instalação do aplicativo basta ir em Configurações > Aplicativos > Permissões do App”, explica Gracielle. 

Fonte: www.itatiaia.com.br

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Telesus: ligações do 136 vão mapear possíveis casos de covid-19

O Ministério da Saúde fará o monitoramento à distância da saúde da população. Dentro Em breve você poderá receber ligações automáticas por meio do número 136. Serão disparadas ligações para 125 milhões de brasileiros. O objetivo desta ação é para fazer avaliação à distância de sintomas, acompanhar evolução da doença e mapear áreas de risco de contágio do coronavírus.  Esse mecanismo permitirá a busca ativa para identificar antecipadamente pessoas vulneráveis, com sinais e sintomas de infecção por coronavírus, através do disparo de ligações com atendimento automatizado para encontrar possíveis casos. Mas atenção: o número identificado da chamada que deverá aparecer para você é o 136 e o Ministério da Saúde não solicita quaisquer dados pessoais ou financeiros. Ouça uma simulação da ligação: